Atualizando o diário durante o Caminho à Santiago de Compostela |
Não se trata de nada inovador, mas vejo que muitos não se dão ao trabalho de fazê-lo e fico imaginando se suas memórias permitirão revisitar bons momentos depois de alguns anos.
Não há, é claro, nenhuma receita de como elaborar um diário de viagem, uma vez que é uma prática essencialmente pessoal. Desta forma, adapte as dicas a seguir conforme sua conveniência e estilo.
Como faço
- Uso cadernetas pequenas para escrever à mão. Ok, vivemos na era eletrônica e os smart phones poderiam ser mais eficientes, mas acho que escrever e desenhar no papel ajuda-nos a refletir melhor sobre o assunto. Pensamos mais antes de registrar alguma coisa que simplesmente não iremos "deletar" com um clique.
- Procuro atualizar o diário assim que for possível. Aproveito o dia chuvoso na barraca, a espera do ônibus, trem ou avião. Muitos detalhes vão sendo superpostos à medida que avançamos em uma viagem e aí já viu: "como era mesmo o nome daquele riacho que passamos?"
- Protejo o caderno e a caneta em alguma embalagem impermeável
- Misturo os dados (nomes de lugares, tempos e distâncias das caminhadas, etc.) com impressões pessoais.
- Leio anotações antigas. É interessante ver como algumas percepções mudam com o passar do tempo.
Os Moleskines
É óbvio que você pode registrar suas anotações em qualquer meio prático, mas não dá para falar em diários de viagem sem mencionar os Moleskines.
Recentemente comecei a usá-los. São práticos, leves, discretos e com ótima qualidade. Consta que personalidades como Vincent Van Gogh, Pablo Picasso e Ernest Hemingway utilizavam estes cadernos que viraram um clássico. É uma pena que não sejam facilmente encontrados no Brasil.
Quem não encontra um Moleskine, pode fazer uma adaptação: ver artigo neste link
Atualizado em 30/05/2011 para acréscimo de informações
Jodrian, também não troco o velho costume de escrever por nenhuma tecnologia. Ótimas dicas!
ResponderExcluirBeijooos
Obrigado Cris!! Acredito que escrever manualmente e usar as tecnologias trazem benefícios complementares. A escrita à mão nos faz refletir melhor ao forçar a concentração e a memória um pouco mais, o que acaba consolidando nossas experiências de viagem com mais intensidade. A partir daí, a tecnologia organiza melhor os escritos.
ExcluirAbraço,
Jodrian